13 de out. de 2012

E a caminhada segue


Fazer teatro popular de rua com qualidade, dialogando com nossa realidade, mergulhando na condição humana, sem cair na forma pela forma, sem panfletar utopias politicas, traçando paralelos entre a poesia e a dura realidade.  Eis um desafio para nós da Tirana Cia de Teatro.
Quando um processo criativo começa os ânimos se exaltam, sobre o que falar? E como falar? Algo que seja claro e real, que o publico, da criança ao idoso, do letrado ao analfabeto, se identifique e hora chore de emoção, hora ria a mais não poder, algo que entre fundo nas almas e toque fundos nos corações, fazendo a transformação, marcando as criaturas pelo resto de suas vidas. É isso mesmo o que queremos, por que quereríamos menos? O artista busca a excelência e nada menos. Sua alma e sua inteligência são seus instrumentos. O erro sua palmatória.
Mas sobre que tema vamos nos debruçar desta vez? São tantos! Bem, não nos desesperemos. Começamos, com a presença do nosso grande amigo Toninho (Antônio Rodrigues) do Candongas, a investigar as obras, teatrais e literárias, de nossa preferencia, buscando o tema que nos impulsionará para nossa próxima montagem.
Lemos “A Tempestade” de Shakespeare, grande obra, dialoga sobre o poder e a vingança. Lemos “A invasão” de Dias Gomes, que retrata a condição dos sem teto, lemos "Dizer sim" da Griselda Gambaro, "Artigo 196" do Relbson Matos e “A mulher judia” de Brecht.  
Entre sugestões para leitura estão ainda Brecht, Câmara Cascudo, “Fausto” de Goethe, “Macário” de Alvares de Azevedo, “A mancha roxa” de Plínio Marcos, “A casa de Bernarda Alba” de Garcia Lorca, “Antígona” de Sófocles, “Tito andrônico” de Shakespeare, entre outros... ufa... que dilema... Mas vamos que vamos, porque de uma coisa sabemos: Seja qual for o tema e a obra, vamos dar tudo de nós para proporcionar ao publico diversão e reflexão, não necessariamente nesta ordem. Além do mais, temos o Toninho(direção) e o Fernando Muzzi(direção musical), profissionais em quem confiamos plenamente, além do carinho que a eles dispensamos desde sempre.
“Vamos pra cima deles!!!”