Sou aquela
foliã que no carnaval prefere fugir da folia e ir para o interior andar a pé
naquele chão batido. Contudo devo confessar que acho as fantasias carnavalescas
que vejo na televisão maravilhosas.
No grande
desfile gosto da ala das baianas, acho a mais bonita. Aqueles vestidos de roda
grande que giram e giram enchendo a avenida de colorido e também de branco...
Ahhh, e a música que só de ouvir o corpo sacoleja...
Festejo
grande que também lembra o festejo pequeno, só que o desfile é de guardas e não
de escolas, no desfile das Guardas de Congado a música vem do couro do tambor
vibrando. Tão belo também é ver aquele povo fardado entoando cantos de adoração
e liberdade. Vi guardas simples com fitas num cordão de elástico que simbolizam
o saiote, vi aquelas mais sofisticadas com belos saiotes de cetim... saiote tem
roda pequena, algumas azuis da cor do manto de nossa senhora do Rosário,
outras cor de rosa, da cor do rosário da santa. Simplórias, ou não, são
belíssimas. Na fantasia da baiana e no congado tem o turbante? Nas que eu vi
tem sim! Roupa, música, canto, rua, cortejo e alegria... Ahhh... “embarca morena embarca, molha os pés,
mas não molha a meia, viemos de outras terras fazer barulho em terra alheia...”. Tudo
isso me lembra o “Caboclo Zé Vigia”, sair pelas praças de pé no chão... Ops!
cantando e chamando o povo pra roda, nem pequena, nem grande, e sim do tamanho
dos meus pés. Dez passos do dedão no calcanhar de raio. “Joguei meu chapéu pro
alto pra ver onde ele caia, caiu no colo da véia, credo em cruz ave Maria...”
Num deixo meu chapéu velho cair... Ops!
Nossa roda
tem música, canto, alegria e agora fantasia, roupa, farda... FIGURINO NOVO! Não
tem pé no chão! A Fabíola calçou os caboclos e
as donzelas, o chapéu é novin novin. Vou jogar o meu pro alto pra ver se cai no colo da moça... era
tudo o que eu queria...
Vestimenta
nova, a vontade e alegria de sempre... Vamos Tirana, andar por essas ruas
desfilando, cortejando e chamando esse povo todin pra nossa roda!
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